domingo, 6 de abril de 2014

Músicas que eu gosto




      Bom, hoje é domingo, e domingo é dia de sentar no sofá escutando música o dia inteiro e só sair daquela posição largada quando se precisa comer ou ir ao banheiro. Eu tenho duas playlists/ listas de reprodução que resumem meu dia a dia. Uma se chama "The Pretty Wolf" porque são músicas que aparecem em séries que eu assisto, ou que um dos atores escuta uma das músicas em particular. A outra se chama Rei porque... Porque eu estava no Ranieri (o acampamento não a escola) e no breque tem "HEY" ai surgiu o nome. Nessa lista tem as músicas que escuto pra relaxar, dormir, ficar deprê ou whatever. 
   Gosto de todas as músicas não só das listas como as do celular inteiro.
   Vou colocar as minhas músicas favoritas:

   - America - Imagine Dragons
   - Monster - Imagine Dragons
   - Monster - Eminem ft. Rihanna
  - Rap God - Eminem
  - Give me Love - Ed Sheeran
  - I see Fire - Ed Sheeran
  - Vida Bandida pt 2 - Mc Smith
  - Não Existe Amor em SP - Criolo Doido
  - Payphone - Maroon 5
 - We Remain - Christina Aguilera
 - Domino - Jessie J
 - E.T - Katy perry ft. Kayne West
  - Sail - AWOLNATION
 
    Essas minhas músicas mais escutadas, que eu amo e escuto mil vezes até odiar, ou não.

ps: Essa crônica é fruto de um "nada pra fazer" e foi a Luna que pediu pra fazer outra, se tá ruim, reclama com ela.

domingo, 23 de março de 2014

As coisas pequenas que fazemos

 



 


           Ano passado uma amiga minha escreveu uma crônica falando sobre as coisas pequenas que fazemos, que na realidade são coisas de rotina que gostamos de fazer. Ela listou algumas coisas bem comuns que fazemos normalmente quando estamos com tédio ou sem nada pra fazer.
        Agora, eu, gostaria de listar as minhas pequenas coisas que faço quando estou principalmente com tédio;
 
     - Apoiar meus cotovelos na janela e ficar escutando tudo que acontece lá em baixo na rua.
     - Andar pela casa a noite.
     - Escrever minhas críticas ao mundo.
     - Brincar com meu canivete.
     - Abrir o Facebook e olhar fixamente pra alguma imagem de páginas de humor.
     - Falar inglês em voz alta/ sussurrando.
    - Falar sozinha.
    - Entrar no quarto dos meus pais e escutar minha mãe falando que eu entro sem fazer barulho e que assusto ela.
    - Pensar na minha carreira, faculdade viagens e tudo mais.
    - Olhar meu mural familiar.
 
       Bom, essas são as pequenas coisas que eu faço quando estou com tédio, sei que não são coisas vão melhorar meu tédio, mas quando me imagino fazendo tudo isso acho divertido e meu tédio vai embora então sento pra assistir Law and Order SVU.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Aquele senhor do outro lado da rua

 



           
         Como de costume, após um dia de cinco aulas, eu e meus amigos caminhamos até a esquina conversando, fazendo piadas, sendo idiotas como adolescentes costumam ser. Na esquina paramos todos em - o que de longe eu imagino ver - um bolinho de jovens se despedindo um dos outros. 
        Logo após dar tchau eu desço em direção ao Minhoção e a maioria vai pra Angélica. Descendo a rua com meus fones de ouvido tocando, quase sempre, Imagine Dragons.  Eu checando a área olho o outro lado da rua e vejo uma figura com cabelos grisalhos puxados para trás, camisa azul solta, uma calça marrom e óculos quadrados apoiados sob o nariz. Aquela imagem era... Gritante, digamos assim. O senhor estava sentado em um banco em frente à um lugar que futuramente será um prédio. Ele parecia tão cansado e tão estranho. As pessoas passavam na frente dele e nenhum músculo se movia, tanto que ninguém parecia reparar nele. Ele estava numa postura rígida que só de ver já era cansativo.

       Mas deixe-me explicar porque "gritante" é a palavra que eu usei pra descreve-lo. Ele estava sozinho, quieto olhando para lugar nenhum, ele tinha uma face cansada, seu corpo parecia cansado mantendo aquela postura ereta, ele me lembra um personagem de um filme (que agora não lembro o nome), no qual em uma cena melancólica, aparece um senhor sentado em uma cadeira com a postura cansativamente reta, olhando pro nada. Esse senhor (o do filme) estava sendo consumido por agonia, os olhos dele antes do zoom out estavam gritando por ajuda, mas o único problema é que não havia ninguém pra ajudar e como os olhos não podem gritar emitindo sons, também não havia ninguém pra ouvir. Aquele senhor do outro lado da rua parecia gritar apenas por sua postura, mas acho que as pessoas que passavam na sua frente estavam muito cegas pra vê-lo e eu estava muito longe, distante, quase como se fossemos de mundos diferentes.
   Aquele senhor do outro lado da rua me intrigava, distorcia meu olhar apenas pra ele, porque acho que eu fui a única pessoa que parecia perceber que ele estava cansado e assim como o senhor do filme, estava prestes a ser engolido pela agonia.
   Desci mais a rua, já não dava mais pra virar e ver aquele senhor, que na frente de um prédio em construção do outro lado da rua gritava. Agora não havia eu para reparar nele, ouvi-lo. Agora ele era apenas o senhor do outro lado da rua, que não grita, não cansa, não sente, não olha.

sábado, 8 de março de 2014

Meu tropeço, meu medo, meu NÃO medo.

   Em um belo dia de verão eu andava e... Mentira, tava chovendo e eu usava um shorts e uma blusa de manga curta quase chorando, porque faltava 10 quarteirões sem nenhum toldo pra me esconder da chuva por alguns segundos. Tropecei centenas de vez e de repente.. BOOM! Cai no chão, eu escorreguei e cai de bunda. Eu fiquei ali, sentada e parada, rindo e quase chorando falando mal de mim mesmo em minha cabeça. Não queria levantar de jeito nenhum, queria ficar ali até a chuva passar e eu me secar, mas infelizmente eu seria sequestrada, assaltada ou sei lá. O centro é um lugar muito traiçoeiro, tem lá suas belezas, porém naquele horário e com aquela chuva, todas as belezas somem e a corrupção de traficantes, cafetões e prostitutas tomam cada centímetro dos quarteirões com boates ou bares, ou seja, tudo. Imaginava que um dia aquilo iria melhorar, mas tudo parece tão corrompido pelo toque das sombras que talvez nunca mude, a noite pertence aos traficantes e o dia as belezas que parecem estar intactas.
  Me levanto com dificuldade, pois minha bunda doía muito. Começo a andar e tropeço de novo, mas fico em pé dizendo palavrões xingando o buraco na calçada. Enquanto eu, tão pequena andando por aquelas ruas, imaginava o quão grande era o espaço que a maldade ocupava, o mal não rasteja mais ali no centro, ele anda rápido, quase corre, ocupa espaços e mais espaços, onde os boêmios  e bêbados tristes com seus copos de cerveja ficam ali sentados em bares,  esperando uma das garotas dos grandes cafetões desfilarem em sua frente pra prestar serviços. Tenho medo do que acontece durante a noite, porém não tenho medo de atravessar as ruas e virar as esquinas que pertencem a toda corrupção de traficantes, cafetões e prostitutas. Eu não tenho medo de cair, tenho medo que me derrubem.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Eu, minha velha rabugenta e... Eu.

    Segunda-feira, acordo às 11 da manhã, normalmente com o nescau gelado e mal batido na cama ou no sofá da sala. Tomo meu banho de 40 minutos, me arrumo em 10 e sento para almoçar sempre reclamando de alguma coisa, como que a cachorra não para de latir ou porque o rímel borrou e tive que limpar com água quente. Depois a velha senhora rabugenta dentro de mim se tranca em algum lugar e eu volto. Pego minhas coisas, celular, fones de ouvido, mochila, dinheiro e parto pra uma jornada. Desço de elevador, 30 segundos de viagem. Dou boa tarde ao gentil porteiro, que normalmente e eventualmente abre a porta sorrindo desajeitadamente dizendo boa tarde e então retribuo um sorriso que obviamente não é sincero, porém convence, e digo "Boa tarde.". Saio andando passando por executivos do banco do Bradesco que são vermes miseráveis... Sim, falei "vermes, miseráveis", eles cospem na rua, riem da cara dos sem-teto, aborrecem as faxineiras que fumam em seu horário livre. Agem como se fossem melhores que algo ou alguém, brincam de monstros quando, na realidade não passam de ratos, vermes que se rastejam procurando alimento que é a vida dos outros que é sempre pior que as que levam, mas rir dos ricos ninguém ri, a não ser que seja a Gretchem. Olho para eles com o pior tipo de desprezo que carrego, arranco seus sorrisos e suas piadinhas más, passo entre eles e quando o contato visual é cortado dou um sorriso de canto porque sei que estraguei o que eles acham que é um prazer... Idiotas.
  Terça-feira, 9 da manhã de pé, tomo uma ducha e penteio o cabelo. Pego minhas coisas pra ir ao Kumon... Inferno. Eu e minha mãe descemos de elevador até o segundo subsolo, antes de sairmos da garagem do prédio faço minhas reclamações de rotina e depois novamente a velha rabugenta se isola. Conversamos sobre várias coisas eu e minha mãe, às vezes discutimos também, mas é mais difícil, normalmente fazemos um debate onde minha mãe vence porque é mãe e eu perco porque, bom, sou menor e menor sempre perde nos debates. Entro no Kumon e como sempre tem pirralhos gritando e contando até 10 em voz alta, quando na realidade o mesmo ser pequeno e chato pode fazer isso em sua mente vendo carrinhos de madeira, se é que pirralhos ainda pensam em carrinhos de madeira. Minha professora manda eu pegar meu boletim, retiro de um pequeno espaço de entre outros e dou de má vontade pra mulher, ela pega, marca minha presença e me dá blocos e blocos pra eu penar por uma hora fazendo enquanto o gorduchinho conta até 10 em voz alta e o resto de mini pessoas gritam e falam sobre coisas como pokemón ou animes. Acabo meus blocos dou tchau, almoço no boteco e vou pra escola.
  Quarta-feira o mesmo que segunda.
  Quinta o mesmo que terça.
  Sexta, de manhã igual segunda e quarta, mas após um dia de piadas e trocadilhos ruins tem o shopping.
  Essa é minha rotina, segunda, quarta e sexta de manhã iguais e diferentes de terça e quinta. Mas não falei das minhas noites, bom faço lição, se tiver, e assisto Law & Order SVU e falo com alguém no chat do Facebook, mas nunca dou muita bola pra pessoa com quem estou falando porque LO (Law & Order) é mais interessante.
  Todas as manhãs minha velha rabugenta se apresenta com suas queixas e depois se isola, e eu volto.